Reflexões sobre o Ano Novo

A correria foi tanta que o tal 2017 já chegou! Mas tá valendo e  preciso deixar registrado aqui no blog, a despedida de um ano tão marcante como 2016. Marcante, digamos, é um eufemismo.

Aqui no Brasil, moro na cara do gol. O “gol”, no caso, é uma generosa faixa de areia banhada por uma enorme porção de água salgada. Assim sendo, é fácil esperar dez para meia noite, pegar taças de plástico, uma garrafa de espumante, e na descida do elevador, encontrar vizinhos felizes e ssorridentes indo ver os fogos. Admiro muito quem mora longe, e debaixo de um sol de assar lombinho sem fogão, traz uma mudança nas costas e monta uma casa na areia às 2 horas da tarde, para 15 minutos de fogos à meia noite. Já fiz quase isso para ver os fogos em Londres,  Uma vez tá mais que bom.

Confesso minha extrema preguiça de tanto ziriguidun. Adóooro Ano Novo. Adoro fogos de artifício. Adoro acreditar que as doze badaladas possam mudar o rumo das coisas. Mas sinceramente, é tudo muito over. E claro que o calor de 50 graus ou a conta de energia que vai chegar um tempo depois, não colaboram para que eu fique extremamente super mega ultra animadíssima. Essa espécie de ditadura da felicidade no ar, de dezembro a fevereiro, é um tanto cansativa. No Rio de Janeiro, Bahia e respectivos apêndices, é obrigatório estar ( muito ) feliz nessa época… de tanto sol, festas e comemorações populares. E em tempos de redes sociais, a coisa toda toma proporções inacreditáveis.

Na hora da virada, descemos para a praia. Chegamos às areias e os fogos já estavam gloriosamente nos céus. Para meu espanto, havia fileiras de “gentes” de costas para o espetáculo. ??? Eu mesma olhei para trás achando que havia algo mais lindo para se ver quando realizei que essas pessoas estavam “assistindo” o espetáculo pela telinha do celular… enquanto faziam selfie-vídeos, lives, etcs….  para….. os outros. Nâo basta ser, nem parecer. É preciso postar. E desculpem-me. Nenhum vídeo, foto ou selfie vai mostrar e fazer os outros sentirem o que você, NO CASO, também não está vendo nem sentindo, porque quer que os outros vejam e saibam o quanto foi maravilhoso o que você, no caso,  não viu, ou no mínimo, viu como os outros, que vão ver na telinha do celular. Muito complexo, eu sei. Mas para quem nem levou o smartphone para nâo me preocupar com nada além do tão esperado Ano Novo…

Enfim, acho que estou mesmo é precisando de ums bela dose de paciência porque já rufam os tamborins, repiniques e afins. É o Carnaval que se anuncia…

Ah! por falar nisso: FELIZ ANO NOVO!!!!

2 comentários em “Reflexões sobre o Ano Novo

  1. Adorei Celina, eu sinto isso mesmo.
    Tanto que nem vou mais ver os fogos, embora more a três quadras de distância… aquela montoeira de gente para ver o repetitório já cansou… rsrsrs.
    É bom para turista ver… e que nos tragam dólares, pois estamos bem precisados…

    Quanto aos fogos, senti como se estivessem queimando nosso salário de novembro, que ainda não saiu.
    Mas, pelo menos, que tenham feito a alegria de muitos…
    beijokas
    Adoro seus posts.

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