Sobre ser mulher, ter 55 anos, viajar e ser feliz

Inspirada pelo dia internacional da mulher, e por um e-mail que recebi ontem de uma leitora, resolvi aproveitar o gancho, e escrever um pouco sobre isso. Transcrevo aqui o e-mail (a autora me autorizou, ok?)

“Celina,

Tenho 51 anos, sou aposentada, divorciada e adoraria viajar como você, mas não tenho companhia. Tenho loucura para conhecer a Europa e como você diz, tirar o sonho dos guias de viagem e ver com meus próprios olhos. Mas não consigo me imaginar sozinha num hotel ou num restaurante do outro lado do mundo. Eu moro sozinha, mas na minha casa eu lido bem com isso. Viajando eu não sei. Sei falar inglês e espanhol mas sou um pouco receosa em pedir informações. Sigo seu blog há muito tempo, e anoto todas as dicas e recomendações. Já até mexo bem no smartphone e aprendi a me encontrar no googlemaps como você sempre faz. Fico fascinada de ver como você se vira, planeja e efetivamente faz suas viagens, com ou sem companhia. Você realmente não tem nenhum receio?  Vê-la sozinha na Itália, e depois em Budapeste, uma cidade com um idioma tão diferente do nosso, foi quase um gatilho para que eu tomasse coragem de comprar a passagem para a Europa, mas na hora H, não fiz. E lá se foram dois anos sem que eu tomasse nenhuma atitude. O tempo está passando rápido. Estou envelhecendo e sei que daqui a pouco nem fotos – a tal selfie – vou querer tirar. Agora, mais uma vez inspirada por você, estou pensando em ir a Edimburgo, já que pelo menos o idioma eu entendo. Estou quase comprando a passagem! Obrigada por compartilhar suas experiências!”

Eu no Bastião dos Pescadores em Budapeste

Eu no Bastião dos Pescadores em Budapeste – Foto tirada por turistas que encontrei por lá!

Em algum momento das nossas vidas, fomos treinadas, adestradas a acreditar que temos limitações. Que precisamos casar, ter filhos, e uma profissão que se ajuste a tudo isso. E se algum pedaço desse bolo estiver faltando… falhamos! Se estamos ou somos sozinhas, viajamos sozinhas, corremos perigo ou é vergonha?  Ir ao cinema sozinha, entrar num bar desacompanhada, jantar sem ninguém à sua frente? Coitada!

Eu em Firenza - Ponte Vecchio

Eu, sozinha em Firenze – Ponte Vecchio com a Galeria Uffizi nos óculos

Quando envelhecemos, já perdemos o melhor tempo das nossas vidas? Precisamos a todo custo ser jovens? Todos os cosméticos que estão nas prateleiras são anti – velhice. E depois do advento do botox, ter rugas é quase um “desleixo”. Mas o fato é que ficamos mais velhos todos os dias. E em vez de lamentar  é hora de comemorar o que conquistamos!

No Brasil a ditadura da beleza e da juventude é levada ao extremo. Temos que ser lindas, malhadas, barriga negativa, bunda empinada, corpo bronzeado, depilado, por que além de tudo, temos verão, praia e carnaval. E temos sempre que estar cercadas de pessoas sorridentes para postar no Facebook. Oi? Sou uma exilada dessa ditadura.

Eu na neve em Edimburgo - "Icelfie"

Eu na neve em Edimburgo – “Icelfie”

Minha primeira viagem internacional foi aos 36, e comecei a minha vida de viajante mesmo aos 48! Dois meses em Paris. Embora eu tivesse hospedada na casa de um amigo, e tenha feito amizades por lá, eu conheci a cidade sozinha e daí em diante eu não parei mais.

Paris - 2007

Paris – 2007

Pois é. Viajar me mostrou exatamente o contrário. Eu não tenho que ser absolutamente nada! Viajar sozinha é uma delícia! E ter 55 anos também. Estou vivendo uma das melhores fases da vida. Aliás, acho que a maturidade me fez um bem enorme! É uma libertação. Não preciso mais provar que sou competente, inteligente, sedutora, trabalhadora, nem magra, nem linda, nem cercada de 10 amigos, nem nada. Mas sim tenho amigos e fiz mais amigos, nessa vida viajante.

Eu e os meninos: Melvin, Keith e Alex, blogueiros internacionais

Eu e os meninos: Melvin, Keith e Alex, blogueiros internacionais durante o Eibtur- foto:Pedro Serra

E analisando matematicamente, é mesmo a melhor fase! Porque é esta fase que é presente. É o meu agora, é onde e quando, eu posso fazer as coisas. Eu adoro a minha própria companhia. Simples assim. E adoro conhecer e estar com pessoas, e fazer novos amigos, que é exatamente o que mais acontece quando a gente viaja sozinha.

Bagunça no ônibus durante o Eibutur.

Bagunça no ônibus durante o Eibutur eu e os “meninos” – foto Pedro Serra

Essas fotos são de um encontro de blogueiros. A grande maioria jovens. Estaria eu velha para embarcar na bagunça? Claro que não! Fiz amigos muito queridos! Cada um de um canto desse mundão! E quando dá, a gente se encontra de novo. Em algum lugar desse mundão!

Encontro no Bracarense - Pedro Serra, Isabela de Bragança, eu, Ludmy Paiva e Átila Ximenes - Foto: Gabriel, filho do Pedro

Encontro no Bracarense, Rio – Pedro Serra (blogSemDestino, Isabela de Bragança, eu, Ludmy Paiva e Átila Ximenes do blog VouContigo– Foto: Gabriel, filho do Pedro

Viajar e ser blogueira de viagens, me trouxe pessoas de todos os lugares, cada uma com uma história. Com uma bagagem. Conheci outros blogueiros, que como eu, pensam que viajar é uma das melhores coisas da vida.

Gardênia Rogatto do Peripécias de uma Flor

Gardênia Rogatto do Peripécias de uma Flor e euzinha!

Eu tenho sempre, dez, quinze, vinte anos a mais que toda a turma que conheci. E isso não faz a menor diferença.

Encontro no Rio com Adriana, do delicioso blog DriEverywhere

Encontro no Rio com Adriana, do delicioso blog DriEverywhere

O que importa mesmo, é como você se vê e se sente. Problemas todo mundo tem. Não é exclusividade de quem passou dos 50 e tem algumas rugas como testemunhas do tanto que riu ou chorou.

Vivi, Mirella e eu - Econtro em Londres

Vivi  –ViviemUK , Mirella do Viajoteca e eu – Encontro em Londres

E não sei se é a deliciosa sensação de anonimato que a gente tem quando está viajando, que o fato de entrar num avião, ir ao cinema, fazer caminhadas, passear nos ônibus turísticos e tours guiados, entrar num pub e pedir uma pint (meio litro de cerveja) ou sentar em um restaurante para jantar sozinha, são para mim, programas absolutamente normais, deliciosos e principalmente seguros. Talvez seja por isso que eu não tenha medo ou como disse a leitora, nenhuma receio. Em todas as minhas viagens pela Europa, com ou sem companhia, tudo que eu pesquisei, reservei e planejei pela internet, como horários, localizações, passeios, estão aqui quando a viagem acontece. E isso me dá segurança de viajar – só! O que infelizmente não acontece no Brasil…

The Ferry Tap - South Queensferry

The Ferry Tap – South Queensferry

Estou velha para isso ou aquilo? Uma das coisas que mais amo ao viajar pela Europa e principalmente aqui em Edimburgo, é que diferente do Brasil, aqui as mulheres tem a idade que elas tem! É absolutamente normal ter 30, 40, 50, 70 anos, e simplesmente ter essa idade, com todos os seus atributos. Não é comum ver aquela testa brilhando, aquela expressão de azulejo de quem acabou de sair de uma piscina de botox. É libertador! Apesar de todas os cosméticos disponíveis e bem mais baratos que no Brasil, não existe a ditadura da felicidade através da juventude, da beleza e da magreza. A rigor, ninguém fica policiando ninguém. E quanto à disposição para andar, passear, e pagar micos, viajar é o melhor concentrado de vitaminas e anti-oxidantes que eu conheço. E o melhor “anti-aging” também.

Amsterdam - Eu e Keith Jenkins em Amsterdam

Amsterdam – Eu e Keith Jenkins em Amsterdam – Rembrandtplein

Os limites, as barreiras, foram feitos para serem ultrapassados, principalmente aqueles que criamos para nós mesmos. Medo, frio na barriga antes de uma viagem? É normal! Eu sofro de tensão pré viagem, não importa quantos vôos eu tenha feito. Faz parte da deliciosa adrenalina que uma viagem traz. Mas esse medo não pode paralisar a gente.

Rafael, eu e Juliana no Ice Bar

Rafael, eu e Juliana no Ice Bar de Estocolmo

Ao contrário! Sair do cotidiano conhecido, estimula o cérebro e cria novas conexões entre os neurônios. Não saber o caminho por onde ir, não conhecer o lugar, não falar o idioma, nada disso é impedimento para uma viagem. Mas é treinamento para a vida…

Eu e Daniel Duclos em Amsterdam

Eu e Daniel Duclos em Amsterdam

A internet e os smartfones deixaram tudo mais fácil para a gente planejar e chegar no destino, sem medo de se perder e todos os dias tem um aplicativo novo para facilitar. Inclusive para ligar para os amigos…

Travel Massive - Rio de Janeiro

Travel Massive – Rio de Janeiro -Renata Araújo, Claudia Saleh, Adriana Paraná, Mauricio de Oliveira e mais um monte de blogueiros…

A vida é assim. Ela passa correndo!

Eu e Patricia - minha prima e grande companheira de viagem

Eu e Patricia – minha prima e grande companheira de viagem

E não! A gente nunca está velha demais para nada! Nem para usar franjinha (eu não abro mão da minha), nem para começar algo maravilhosamente novo e muito menos para viajar e ser feliz. Sozinha ou acompanhada.

Viagem à Itália

Viagem à Budapest

Viagem à Londres e passeios a partir de Londres

Viagem à Paris

Viagem ao Vale do Loire

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68 comentários em “Sobre ser mulher, ter 55 anos, viajar e ser feliz

  1. Olá! Como foi bom conhecer sua história de aventureira! Li o seu texto de 08/03/2015, sobre a leitora que não tinha companhia nem coragem para viajar sozinha e foi inspirador. Aliás, se você puder me passar o contato com ela, acho que poderíamos ajudar uma à outra. Pretendo ir à Europa em 2017 e não tenho companhia. Coragem agora eu tenho!! Bjjjjj

  2. Olá! Como foi bom conhecer sua história de aventureira! Li o seu texto de 08/03/2015, sobre a leitora que não tinha companhia nem coragem para viajar sozinha e foi inspirador. Aliás, se você puder me passar o contato com ela, acho que poderíamos ajudar uma à outra. Pretendo ir à Europa em 2017 e não tenho companhia. Coragem agora eu tenho!! Bjjjjj

  3. Olá! Sempre viajo sozinha para viagens curtas, mas distantes já não gosto… Gosto de minha companhia, mas gosto muito mais de estar acompanhada com pessoas de energia boa! quero conversar sempre, dançar… Também estou na casa dos 50! o que importa é ter saúde e disposição ! Fiz um blog recentemente e existem muitas pessoas procurando companhia para não viajarem sozinhas. Existem pessoas que entram até em depressão por estarem sós, não incentivo ninguém a viajar sozinha quando o perfil da pessoa não é esse… Mas se o perfil é de pessoa descolada, nem precisa incentivar, por si só ela acha o caminho.
    Parabéns pelo blog!

  4. Amei tudo que li e adorei suas dicas.

    Amo viajar e não me importo de estar sozinha. No Brasil fui a vários lugares assim, meu receio, deve ser trauma de outra encarnação, é de me perder. Até aqui no Rio quando dirigia, me dava fobia de pensar se a rua que estava acostumada a entrar estivesse fechada.

    Já viajei para Europa e EUA e América do Sul, mas sempre acompanhada. Não sei se consigo me expressar direito, meu problema não é viajar sozinha, pois adoro curtir as coisas no “meu tempo”, mas de me perder, loucura não?

    Ainda por cima não sei falar nenhuma língua fora o português e isso dificulta muito as coisas para quem quer viajar. Existe alguma “mandinga” para eu perder esse famigerado medo rsrs?

    • Olá Sílvia,
      Quando se trata de viagem, cada um diferente e sempre a gente tem medo de algo. O meu por exemplo é perder a hora de um vôo ou trem. Fico m ega ansiosa. Seja em que idioma for. Já para o seu caso, mandinga eu não sei se dá resultado. Mas um bom smartphone com Internet e o Google maps te leva para qualquer lugar sem depender de ninguém! E traz de volta também! Liberdade total! Já experimentou? Bjos

  5. Cel, gosto demais dos seus textos! Este está especialmente inspirador para animar quem ainda não se aventurou e para manter na estrada aquelas que já se lançaram. Eu estou no segundo grupo e já relatei uma viagem alone aqui prá você. Também já estou com cinquentinha! Ano a ano de acordo com as minhas possibilidades, pretendo continuar abastecendo meu espìrito viajante no Brasil e no mundo!
    Bjs

  6. ah, que delícia de post! com a correria da viagem do outro lado do mundo e a diferença de fuso, tinha mesmo deixado passar batido. Adorei, adorei, adorei! Que você ainda continue firme na estrada por pelo menos outros 55 anos 😀 e inspirando sempre outras mulheres a descobrirem a delícia que é cair na estrada em sua própria companhia aqui e ali. Bjs!

  7. Que linda, que inspiração de vida! Meu coração se encheu de amor por sua história, por sua coragem! Muita inspiração, sério. Adoraria largar tudo e sumir por este mundo, um dia eu chego lá. 🙂
    Muitas boas viagens, querida.
    beijos

    • Oi Sarah!
      Vou te confessar que não é nem uma questão de coragem. A vontade de viajar e ver com outros olhos é que é maior que qualquer dúvida! E sim, um dia você chega lá. Mas marque esse dia, planeje com calma, um dia… é muito abstrato. Se vc tem vontade, marque uma data!
      Bjs

    • Cris querida! Que bom ter você por aqui! É exatamente isso que tento fazer através do blog. Inspirar… Aliás é isso que nós blogueiros de viagem fazemos. E sim! Somos nós que fazemos as próprias regras. bjs

  8. Bom dia
    Adorei seu post e como você adoro viajar só ou acompanhada.Tenho 61 anos e pretendo viajar muito ainda.Gosto de associar as viagens a trekking mas também gosto de só passear.Parabéns pelo post e vamos viajar

  9. Adorei seu texto, pois é algo que eu poderia ter escrito.amo viajar sozinha. Quantas críticas, quantos senões eu já escutei por isso. Tenho 54 anos já fiquei 40dias sozinha na Europa, viajo so no Brasil também há muitos anos, vou ao cinema , a um restaurante, a um bar sozinha desde meus 20anos, se fazer de vítima por não ter companhia e uma forma de justificar nossa inercia. Boa viagem a todas nós!!!

      • Desenvolva Celina, não vai se arrepender, o Brasil tem lugares maravilhosos, a logística é mais difícil… com certeza, mas até as dificuldades viram divertidos “causos” de viagens. Uma dica, os cânions do Rio Grande do sul, lugar lindo, paisagem indescritível. bjs

  10. adorei seu blog… vou fazer 45 em março e decidi tbm me presentear indo para Paris e detalhe SOZINHA.Estou contando os dias (faltam 10) e seu texto foi muito incentivador, minha primeira viagem para Europa e já estou planejando outras kkkk .
    abraço de sua nova seguidora

    • Elaine!!!
      Bem vinda ao clube! você vai amar cada canto de Paris, respirando no seu próprio ritmo, parando onde quiser, e cercada pela cidade mais absolutamente maravilhosa! Paris sozinha chega a ser um prêmio, que a gente conquistou, e que temos direito de vivê-lo sem nenhum senão!

  11. Muito bom o seu texto! Sempre gostei de viajar! Trabalhei 30 anos num banco e era muito escravizada, dependia de data de férias, etc, mas enfim aposentei em 2012. Conheci a Europa em 2011 ainda no esquema de escala de férias, mas depois de alforriada, passei a ir com mais freqüência., porém sempre com companhias. Detalhe, só eu aposentei, não as amigas, logo, indiretamente, estava eu presa a férias de filho, amigas, etc. Ano passado resolvi viajar sozinha, pela primeira vez para o exterior, detalhe, não falo inglês, nem francês, arranho um pouco espanhol.. Escolhi Paris e Lisboa! O desafio tinha que ser grande, pois Paris sem falar o,idioma e sozinha, eh mais complicada, rsrsrs. Planejei tudo sozinha, nada de agências, não gosto também! Quando foi chegando perto, Deu frio na barriga, vontade de desistir, etc, mas segui firme e fui! Foi a melhor viagem que fiz! Nem queria mais voltar pra casa!! Rsrsrrs. Este ano vou passar 71 dias na Europa, entre cruzeiro e intercâmbio e mais uns dias a Itália. Mas como tenho algumas milhas, já estou com outra viagem solo, para Portugal, quero conhecer, Porto, Coimbra e Aveiro. Acho que estou viciada! Eh libertador! Ah, também tenho 55 anos. Bj

  12. Nossa, adorei o texto, em muitas partes.
    Primeiro, adorei saber que você começou a viajar com um pouco mais de idade. Apesar deu ter 29 anos e ter começado no mundo de viagens há uns 2 ou 3 anos, eu sempre me pego na dúvida se investir todo o meu tempo e dinheiro realizando os sonhos de viagens ou estabelecer minha vida para depois viajar mais tranquila. Enfim, uma dúvida que acho que vou viver tentando equilibrar as duas partes desse dilema.

    Quanto a parte da idade eu acho que a idade te dá maturidade em tantos aspectos que acho que minha viagens com mais idade serão ainda melhores que são hoje. Imagino que essa coisa de mil lugares em poucos dias, fazer mil coisas e não dormir vai passar e vou fazer as coisas num ritmo de aproveitar muito mais.

    Enfim, um texto incrível!!!

    Abraços,
    Tati

    • Obrigada Tati,
      eu acho que a gente aproveita com outros olhos… talvez por ter passado mais tempo desejando aquele lugar que vivia na Bucketlist. Mas no fundo a viagem é sempre uma maratona, seja de lugares ou de emoções.
      abraços!

  13. Celina, assino em baixo tudo o que você escreveu.
    Tenho 61 anos, divorciada e viajo só todos os anos pra Europa.
    Sinto como você, uma liberdade incrível e sem preocupações.
    Muitas pessoas precisam entender que estar só, para pessoas como nós, é opção!
    Bjs e parabéns pelo blog!

  14. Absolutamente fantástica ! Adorei você ! Infelizmente no Brasil há essa ditadura da juventude e também a impressão de quem viaja sozinha é uma pessoa solitária, sem amigo (oh…só quem viaja sozinha e tem a experiência sabe como estão enganados).
    Amei a sua frase: “E ter 55 anos também. Estou vivendo uma das melhores fases da vida. Aliás, acho que a maturidade me fez um bem enorme! É uma libertação. Não preciso mais provar que sou competente, inteligente, sedutora, trabalhadora, nem magra, nem linda, nem cercada de 10 amigos, nem nada. Mas sim tenho amigos e fiz mais amigos, nessa vida viajante.”
    Estou com quarente e três anos e também acho que a maturidade tem me feito um bem danado e não tenho problemas em viajar sozinha.
    Ufa…vejo pessoas na minha chorosas por não serem mais jovens, penso como você a maturidade tem me feito um bem danado. Parabéns !!!!

    • querida Roseli,

      Que bom encontrar alguém do time! O que eu tento fazer no blog, é inspirar as pessoas, que querem viajar, com lugares, fotos e minha experiência. E às x só precisa de um empurrão (zinho). Seja bem vinda e volte sempre!

  15. Celina!
    Como é bom encontrar pessoas como você.
    Também adoro viajar. Minha irmã diz que tenho rodinhas nos pés…
    E tenho mesmo, para mim, felicidade é viajar. Tenho 56 anos, 2 filhos,
    1 neto, sou casada, viajo muito com meu marido aqui pelo Brasil, mas
    já fui duas vezes à Europa sozinha e agora estou indo para mais 40
    dias. Vou fazer companhia para uma amiga que mora lá e quer companhia
    para viajar, mas ela tem 2 semanas de férias. O resto do tempo já estou planejando
    cada cidadezinha, cada lugar especial que quero ver, que “preciso” ver e..sozinha,
    porque não? É tão bom! Em 2016 meu marido se aposenta e vai comigo novamente,
    Então, além desta viajem, já estou planejando a próxima, com ele. Como é bom ter 50 e tantos
    anos, ser feliz, viajar e não ter medo da própria companhia.

    • Eh coisa boa! Companhia é maravilhoso, mas quando a nossa própria companhia é o bastante, é tão bom! E cá entre nós, que ninguém tenha pressa, mas chegar aos “depois dos 50” é bom demais!
      Bem vinda, Ligia! temos muito que trocar!

  16. olá Celina
    Adorei o post! Minha identificacao com ele foi total!
    Também vou fazer 55 em breve e comecei depois dis 30. Viajei algumas vezes pra Europa sozinha e outras tantas com companhia. Adoro planejar e pesquisar minhas viagens. As diferenças culturais de como a idade é encarada aqui e ali fazem mesmo toda a diferença e tenho procurado seguir mais os meus valores e aproveitar a vida sem priorizar o senso comum. Já até ensaiei um blog de viagem também mas acabei abandonando. Tanta coisa ficou por ser contada que nem sei como recomeço. Só de fazer parte desse grupo já valeria a pena.

    • Eneida!

      Que bom que veio me visitar! Me sinto mais amparada, hehehe! A gente tem é o poder, né não? Se ensaiou um blog é porque tem vontade de escrever, e escrever e rever fotos de viagens faz a viagem continuar. Você já faz parte! vem!

  17. Mulheres arrumem as malas. Não esqueçam de colocar bom humor,coragem, maquina fotografica, aventuras e comidas típicas. Deixem em casa os medos e sigam até onde o coração mandar. Tenho mais de 50 e menos de 60. Depois que me aposentei, comprei uma mochila e comecei a aprender inglês sózinha. Já visitei um pedacinho do mundo e até fiz intercâmbio. Minha mochila, um roteiro feito por mim e um sonho são suficientes para eu por o pé no mundo.Coragem!

  18. Oi Celina, incrível como tem pessoas com as mesmas necessidades e receios que nós, eu estava há muito tempo, na mesma situação que sua leitora de 51 anos. Vou, não vou, agora vou, acho que não vou. Meu sonho é conhecer Itália, tenho o roteiro, custos, etc, e até aprendi italiano, mas faltava a tal da companhia. Seu relato ajudou tanto, mas tanto, que me emocionei, e estou eu aqui com lágrimas nos olhos, afirmando para você em primeiro lugar, que tomei a decisão. Que se dane a alta do dólar, xô receios, EU VOU VIAJAR SEM CIA, E VOU SER FELIZ! Obrigada por suas palavras de incentivo. Abraços.

    • Rita!
      Você não tem a dimensão de como isso me deixa feliz!!!! Esperar o momento certo, colocar tudo para “um dia”… Esse dia nunca chega! É isso aí! Estou emocionada de receber seu comentário. E por favor: me mantenha informada sobre os planos e a viagem! Vai na fé! E bota seu italiano pra quebrar! E obrigada a você!

  19. Ótima reflexão minha querida!
    Para ser feliz basta querer, pena que muitos se perdem tentando se enquadrar em algum padrão social e esquecem de aproveitar as coisas boas da vida.
    Espero chegar na sua idade com toda essa energia e juventude!
    Beijos e feliz nosso dia!

  20. Lindo texto, Cê! Elegante, despojado, leve, motivador e alegre com você. Admiro muito a sua forma de levar a vida e a capacidade de ser cativante e apaixonante. Ainda vamos tomar muitos proseccos juntas por este mundo. Adoro você, amiga querida! 🙂

  21. Celina, amei o post! Amei fazer parte dele tb. Quero ter pelo menos a metade da sua disposição quando eu fizer 55 anos! E fazer muitas viagens, como vc! E espero ter a sua companhia em algumas delas. Feliz dia da mulher para vc! Bjks

  22. Puxa vida, que pena que a leitora pense assim e não consiga viajar!

    Há vários anos viajo sozinha, na maioria das vezes, por vários motivos: ou as férias dos amigos não coincidem, ou não podem deixar a família, ou estão sem recursos… E hoje tenho como melhores lembranças os lugares onde estive e as pessoas que conheci nas andanças por aí.

    Uma sugestão para a leitora: por que você não se matricula em um curso (pode ser de idiomas), nem que seja por uma semana, na primeira viagem? Assim você já viajará com destino certo, sabendo que terá a companhia dos colegas e o suporte da escola para eventuais emergências. Conhecerá novas pessoas, poderá participar de passeios extra-classe… Aposto que depois você vai “tomar gosto” e partir para os outros destinos sozinha, se a companhia não aparecer. Que tal? 😉

  23. Celina! Amei seu post. Quero eu ter a sua juventude quando tiver 55 anos!!
    Concordo 100% com tudo que vc falou! E anseio por nossa proxima viagem!
    Bjs do seu seguidor, amigo e companheiro de viagem!

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