Viajando na primavera européia

A Viagem

Foram 28 dias de viagem! Uma viagem que embora tenha sido planejada para ser em “slow motion”, ou seja, sem correrias e ficando 5 dias em cada cidade, acabou por ser intensa e claro, inesquecível. A a quarta edição da já tradicional “Primocas em ação”. Os temas desse ano? Primavera e uma introdução ao Leste Europeu. Eu já conhecia todas as cidades que entraram no roteiro… Cobertas por muitos centímetros de neve! Como sempre viajo no inverno, nunca tinha visto as cores dessas cidades e eu queria fazer passeios que ou só existem nessa época, ou que são mais possíveis nesses meses. Daí eu querer repetir e experimentá-las na primavera. Planejei, reservei, e comprei tudo pela internet e como sempre, deu tudo certo.

A Mala de Rodinha e Nécessaire

MInha Mala de Rodinha

MInha Mala de Rodinha e Nécessaire

Viajei com a minha tradicional malinha de bordo bem levinha, e uma mochila com as câmeras, respectivos cabos e carregadores, o tablet e dois celulares. Muitos deslocamentos, aeroportos, e trens. Nada melhor do que viajar com uma mala que a gente consegue carregar sozinha! Total independência!

Mas fazer a mala para uma viagem na primavera aqui na Europa é muito mais tricky do que em pleno inverno. Como assim? Simples: as temperaturas variam muito durante o dia e de cidade para cidade. Peguei temperaturas entre 6 e 32 graus! A solução para viajar leve e não passar frio nem calor foi um casaco da Uniqlo que fica mínimo dentro de um saquinho, e pesa só 200 grs, uma capa e “roupichas baratex” que comprei na Primark.

Ultraligtht Down da Uniqlo

Ultraligtht Down da Uniqlo

A estratégia foi comprar muitas camisetas, leggings, blusas sem manga, e meias baratérrimas, que conforme foram ficando sujas eu simplesmente ia deixando no hotel. O incondicional conjunto de roupa térmica (que virou pijama), mais dois cachecóis, um par de tênis nos pés e um par de sapatilhas, Além disso, ainda levei a cafeteira de viagem (para tomar café da manhã no quarto, já que a maioria dos hotéis estão cobrando – e caro! por esse “mimo”. Assim, as compras de supermercado ficaram ainda mais divertidas e podíamos escolher o que comer no “petit déjauner”. E sim, tudo isso na malinha de bordo.

O Roteiro

Edimburgo – Amsterdam – Paris – Berlim – Praga – Budapeste – Paris – Edimburgo

Comecei a viagem sozinha. Fiz Edimburgo – Amsterdam de easyJet. E além de flanar pelos canais e ver tudo verdinho e florido, encontrei meu amigo querido, o Daniel do delicioso blog DucsAmsterdam.

Amsterdam

Amsterdam

E… tchan ran! Fui a Keukenhof  que só abre durante a primavera, e cada ano, em datas diferentes, pois tudo depende da floração das tulipas.

Comprei o ônibus ida/volta e o ingresso no Ticketbar – aprovadíssimo esse parceiro aqui do blog! Nada melhor do chegar com o ingresso e transporte comprados, ainda mais nessa época em que a procura é turbo power! O passeio até Keukenhof foi num ônibus, confortável, pontual e tudo muito organizado. Comprei aqui.

TicketBar

Keukenhof é um sonho! Um parque enorme dedicado às tulipas. Tulipas de todas as cores e formas, e em todos os desenhos possíveis de jardins, com direito a lagos, passeio de barco, moinho. É uma Disney de flores e cores! Ainda tem restaurantes, lanchonetes e loja de lembranças.

Keukenhof - tulipas

Keukenhof – tulipas e mais tulipas

Era um desejo antigo, ver os campos de tulipas…

Campos de tulipas

Campos de tulipas

De Amsterdam à Paris, fui de Thalys, um trem rápido e confortável que sai da Centraal Station e chega à Gare du Nord em Paris.  Foi a hora de encontrar outra blogueira querida – a Renata Inforzato do blog Direto de Paris e no dia seguinte, encontrar minha prima Patricia Blower, super companheira, que volta e meia colabora com o Mala de Rodinha e Nécessaire, para darmos início à nossa viagem.

NotreDame de Paris

NotreDame de Paris

De Paris à Berlim, mais uma vez pela easyJet. Berlim na primavera é maravilhosa! Refiz a visita aos museus, aos memoriais, às cicatrizes que a cidade não esconde. Enfim visitei o Bundestag (parlamento alemão) e passeando, fomos admirando em cada metro quadrado, a capacidade de reconstrução desse povo. Foi quando encontramos a Cassia Freire, amiga da minha prima, e guia em Berlim, para um happy hour à beira do Spree.

Estando in loco, vendo as fotos de momentos históricos espalhadas pela cidade, e pisando em fatos de uma história que eu via pela televisão durante boa parte da minha vida, fez e ainda faz a gente refletir. E muito! Berlim é intensa.

Muro de Berlim

Muro de Berlim

Em Berlim ainda fizemos o bate e volta até Potsdam, que vale muito a pena!

Sanssouci Palace

Sanssouci Palace

Berlim – Praga,  fizemos de trem em 5 horas de viagem que passaram voando! O caminho é lindo, pois o trem vai margeando o rio por quase todo o percurso e as paisagens da janela, dão vontade de conhecer cada pedacinho da Alemanha.

Paisagem da janela - Trem de Berlim à Praga

Paisagem da janela – Trem de Berlim à Praga

Ainda conhecemos uma moça checa que nos deu algumas dicas e traduziu alguns nomes, daqueles incompreensíveis: Nastupiste, por exemplo, é plataforma. Ótimo para quem ainda ia pegar trem na Rep. Checa!

Praga

Praga

Em Praga pegamos dias frios e tres dias de fritar! E Praga era festa em estado bruto! Lotada, massiva é linda! Comida e bebida baratas. Música e marionetes. Praga é abusada.

Fizemos um bate e volta a Cesky Krumlov, um conto de fadas em forma de cidade medieval!

Cesky Krumlov

Cesky Krumlov

De Praga pegamos outro trem para Budapeste. Em vez das quase 7 horas de viagem previstas, a viagem acabou sendo bem mais longa. Isso porque sem nenhuma razão aparente ou explicação plausível, ficamos paradas duas horas na linha, em frente à estação da internacionalmente desconhecida cidadezinha de Sturovo! No meio do nada! Só mesmo o nosso bom humor e imaginação fértil, inventando “histórias hilárias” sobre os habitantes da tal cidade, para passar o tempo às gargalhadas dentro da cabine. Ah! o Kindle foi de grande ajuda também. Aliás, Sturovo virou bordão durante a viagem.

Budapeste

Budapeste

Budapeste chega a ser um não parar mais de ser bonita. É festa na floresta! Em cada esquina, um som, um cheiro… O Danúbio esnobando, enfeitado de castelo, igreja e colinas. Budapeste é uma overdose de lindezas!

De Budapeste, mais uma vez pela easyJet – Voltamos à Paris, dessa vez para mais 4 dias. Nossas viagens sempre começam e terminam em Paris! Desta vez fomos a Giverny, ver os Jardins de Monet, que também só ficam abertos até novembro, mas claro que em plena primavera é mais bonito. E mais cheio também!

Jardins de Monet - Lago das Ninféias

Jardins de Monet – Lago das Ninféias

Em todas as cidades usamos e abusamos do transporte público. E também comprei um chip pré-pago em cada uma, para ter internet no smartfone. Com o GoogleMaps na palma da mão, é fácil saber como se locomover tanto a pé, como de transporte público. E nem preciso dizer que em todos os lugares o transporte é infinitamente melhor que o que temos no Brasil. Também baixei os mapas de ônibus, trams, e metrô das cidades no celular, para facilitar o planejamento de cada passeio. Além disso, a sensação de segurança é uma delícia! Poder andar com uma câmera no pescoço e um celular na mão, sem medo de ser roubada ou de levar um tiro, ou pior ainda, uma facada, já vale a viagem.

Champs Elysées

Champs Elysées

É lógico que não é para dar bobeira, porque os pickpockets estão sempre onde há turistas. Minha bolsa é sempre a tiracolo e virada para frente e nunca tiro, nem em restaurante. Vimos alguns espertinhos com o golpe da prancheta. Em Berlim e em Paris principalmente. Eles aparecem com uma prancheta na mão com um folha, pedindo um donativo para alguma causa, e enquanto distraem você, vem outro com a mão leve e pega sua carteira. Nunca nem olhe para ninguém com uma folha na mão ou que venha oferecer algo. Em Paris, muita atenção mesmo! Nos pontos turísticos vimos até uma correria deles em plena Champs Elysées. Tenso!

E aí? O que é melhor? Viajar no outono, no inverno ou na primavera?

É muito diferente! E completamente pessoal. Essa viagem me surpreendeu pela beleza e vida nas cidades que já tinha conhecido no inverno. É uma explosão de cores, festas, bares com mesas ao ar livre e… de gente também! Todo mundo está na rua. Os locais e os turistas. Um dia de sol e parece que todo mundo sai para fazer fotossíntese. E claro, os pontos turísticos abarrotados de gente! E isso em alguns momentos é bem chato, porque acaba rolando uma fila para enxergar o que se foi visitar. Conseguir uma foto sem ninguém em volta é quase um prêmio. Keukenhof foi meu primeiro contato com a multidão, mas só na hora de ir embora, graças a ter chegado bem cedindo.

Keukenhof lotado

Keukenhof lotado

Em Giverny, chegamos também cedíssimo e assim mesmo, foi um tanto tumultuado. Em alguns momentos achei que a ponte japonesa (um dos ícones do lugar) fosse desabar, tamanha a quantidade de gente apinhada em cima dela. Em Budapeste, fiquei assustada com a quantidade de ônibus estacionados na Colina de Gallért, de onde se tem uma vista maravilhosa da cidade. Então a estratégia é acordar muito cedo para chegar a esses lugares ultra disputados, enquanto ainda estão quase vazios.

Outro fator a observar é o calor. Ok, nós brasucas somos acostumados com isso. Mas para quem detesta e foge do calor como eu, pode ser um problema. Conforme a primavera vai avançando em direção ao verão, alguns dias são tórridos e nem tudo está preparado para esse calorão. Tipo, nem todo o transporte público tem ar condicionado e os quartos de hotel, idem. Minha opinião é que até o início de abril é mais agradável e mais vazio também, como pude ver aqui em Edimburgo.

Ultra poderes: como aconteceu na primeira viagem que fiz na primavera, a gente acha que enquanto está claro, é dia, e portanto pode fazer mais coisas. Acontece que o sol se põe entre oito e meia e quase dez horas, dependendo da cidade! Se você sai do hotel às oito, 9 da manhã e fica turistando até essa hora, a exaustão é certa! Claro que aconteceu com a gente, né?

A maravilha da Europa é que pode ser “viajada” em diferentes estações e as paisagens serão também, sempre diferentes. É só escolher a que mais combina com seus desejos. Eu amoo clima, a paz e a tranquilidade do inverno. E as cores da primavera… E os tons do outono… Verão eu passo, obrigada!

Agora é reunir 64 gigas de fotos espalhados em duas câmeras e dois celulares e começar a escrever os posts!

E você? Qual é sua estação preferida para viajar?

As “edições anteriores do Primocas em Ação“?   Aqui:   Highlands, Vale do Loire, De trem pela França

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A melhor maneira de escapar das filas das atrações turísticas!

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Mondial

 

8 comentários em “Viajando na primavera européia

  1. Oi Celina, irei agora no final de maio para Berlim, Praga e Budapeste e gostaria de saber qual o trem que vcs utilizaram para fazer Praga/Budapeste.
    Vc disse que usou chips pré-pagos para internet nessas cidades, aonde vc os comprou?
    Obrigada pelas informações.
    Bjs.

  2. Celina, adoro seu blog! Devoro cada post! Parabéns. Você poderia me dizer como compro um casaco da uniqlo? Tem como comprar no Brasil ou pela internet e receber no Brasil? Obrigada cristiana

    • Olá Cristiana,
      Obrigada!
      Qto ao casaco da Uniqlo, Infelizmente acho que eles não mandam para fora do Brasil. Mas se estiver vindo para a Europa, ou Estados Unidos é fácil encontrar uma loja.

  3. Celina, a primoca aqui só pode dizer uma cousa… Obrigada por mais uma viagem nota mil. Eu chego em Paris e ligo meu piloto automatico. Quem cuida de mim é a primoca mais nova e eu só no vácuo. Curtindo muito! foi maravilhoso! Grande guia. Grande roteiro! Grandes ideias! Nota 1000000000000

  4. Celina, leio seu blog há algum tempo e acho que ele me ajudou a começar a blogar, porque a maioria dos blogs são escritos pela moçada de 20 e poucos anos que largou tudo para ano sabático ou em projetos de volta ao mundo, um tanto desencorajador pra quem como eu tem família. Respondendo sua pergunta, prefiro a primavera na Europa. Já fui à Itália no verão e quase derreti. Calor e flanar não combinam! Este ano vou no início do Outono a Praga, Viena e Budapeste. Será que pego céu azul? Abraços

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