LONDRES…

Chegamos dia 25, precisamente as duas e meia da tarde. Mais de 24 horas de ansiedade. Eu e Carol nos especializamos em chegar cedo para eventos importantes. Com mais de cinco horas de antecedencia, ja estavamos no Galeao. Afinal, era Natal e ficamos com medo de engarrafamentos e contratempos. Depois de entregarmos as malinhas, ficamos saracutiando pelo aeroporto, tomando cafes, e fazendo hora para o embarque.
Voo tranquilo, apesar da chuva torrencial na hora de decolar. Verao no Rio e assim mesmo…
A bordo, muitos Happy Christmas e Joyeux Noel. Chegamos em Paris cedindo, e logo saimos para sentir a temperatura… Uma delicia! Cinco graus, e nos duas felizes da vida, do lado de fora do Charles de Gaule. Como estamos num momento “antecedencia”, nossa conexao para Londres so aconteceria…cinco horas depois. Pensamos em dar uma volta por Paris, “prendre un petit cafe” e voltar, mas ao tentar comprar os tickets do RER, fomos informadas que havia uma greve, e que os trens estavam demorando mais que o normal.
Decidimos ficar no aeroporto mesmo. Saracutiando ate a hora do voo para Londres.
Quando finalmente entramos no aviao, estavamos exaustas e dormimos com as cabecinhas uma sobre a outra, num momento de pura sintonia.
And….aterrisamos em Londres. Segundos de pura tensao. Eu tinha em meu poder, um verdadeiro dossie. Todos os documentos possiveis que pudessem provar nosso vinculo com o Brasil, incluindo contracheques, seguros,a carta do meu filho se responsabilizando por nossa estada, e ate a escritura do apartamento. Era uma pasta bem pesada, caso a imigracao nos levasse para a tal salinha, teria pelo menos bastante assunto para o interrogatorio. O nervoso era tanto que preenchemos varios papeis da imigracao, cada um com um erro mais ridiculo que o outro.
Chegou a nossa vez. Unidas para o que desse e viesse, entregramos os passaportes para o oficial. O momento mais tenso, foi entre as perguntas de praxe. Pegamos um senhor um tanto estrabico, e enquanto um olho olhava pra gente o outro examinava os passaportes. Portanto, nao podiamos nesse exato segundo avaliar a expressao do tal senhor.
Quando finalmente ele nos entregou os passaportes carimbados, saimos desejando Happy Chritmas, com um sorriso de puro alivio nos labios e um tanto incredulas.
Devo dizer que esse processo durou no maximo tres minutos. TRES MINUTOS para os quais eu me preparei fisica e mentalmente durante as ultimas 4 semanas, incluindo respostas complexas em ingles.
Ufa! Estavamos finalmente em Londres.

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